Claustro de D. João
III, Convento de Cristo, Tomar – O convento é uma obra maior de vários
estilos: gótico, manuelino, renascentista, maneirista… Com obras-primas como o
Claustro Grande e a Charola. Deixaram lá o nome o Infante D. Henrique, D.
Manuel I, D. João III, D. Filipe I e os arquitectos Diogo de Arruda, João
Castilho e Diogo de Torralva. Ali perto, o Aqueduto dos Pegões, a ermida da
Nossa Senhora da Conceição e a Sinagoga são obras de excepção a merecer toda a
atenção neste Ano Europeu do Património Cultural que amanhã se inicia. Os
textos portugueses e europeus relativos a este programa são recheados de
lugares comuns. Coesão. Diversidade. Riqueza. Diálogo
intercultural. Patamar de visibilidade. Desafios. Oportunidades. Interesse
transversal. Sustentabilidade. Está lá tudo. Uma parte dos recursos será gasta
em gabinetes e publicidade. Numa palavra: eventos! Mas uma parte bem mais importante
poderia ser gasta com operações simples (o que não quer dizer fáceis…): tratar
das coberturas dos monumentos, tirar a erva dos telhados, limpar as pedras,
preservar a estatuária, restaurar esculturas, vitrais e pinturas… Conservar,
cuidar… Era bom que fossem estas as iniciativas do Ano do Património!
DN, 31 de Dezembro de 2017
2 comentários:
Infelizmente, nunca visitei.
Um beijinho grande*
Vinte e Muitos
Quem nos dera que acontecesse como diz. É um dó de alma constatar o abandono do nosso património. E o Convento de Cristo, como outros monumentos, bem precisa que o limpem e alindem. Não me importava de colaborar se houvesse uma iniciativa nacional a canalizar recursos económicos e humanos que deixassem os nossos monumentos de cara lavada e preservados para os vindouros. Por vezes julgo que somos pequenos demais para a herança, que não a honramos.
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