Linha de montagem na
Autoeuropa – Esta imagem tem pouco mais de dez anos. Talvez as coisas não
sejam hoje muito diferentes. Evoluíram com certeza. Mas já na altura era
impressionante o ambiente em que se vivia na fábrica. Das roupas dos
trabalhadores ao ruído de fundo, dos processos de construção aos robots em uso,
tudo parecia ficção. É o maior investimento industrial, o primeiro exportador e
a empresa que gera mais empregos indirectos. Os seus trabalhadores são dos mais
bem pagos do país. O clima social tem tradição de ser o que há de melhor. O
mais provável é que o actual conflito se resolva a contento dentro de algumas
semanas. O que está ali em jogo é muito mais do que parece: o sector, o
investimento e a economia. Se as coisas correrem mal, é bom saber quem serão os
responsáveis: os sindicatos, em primeiro lugar, a empresa e o governo, depois.
Se correrem bem, ficam os três de parabéns. Mas espera-se que se retire uma
lição: a luta de classes está de regresso e o partido comunista bem cavalga
toda a sela.
DN, 3 de Setembro de 2017
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