Os contentores e a
cidade, Lisboa – Poucas pessoas se passeiam hoje pelo rio Tejo. Se o
fizessem, é o que veriam em vários pontos da cidade e dos cais. É o que vêem os
passageiros dos cruzeiros e os que atravessam o rio, todos os dias, para
trabalhar. A imagem é curiosa, presta-se a exercícios fotográficos. Mas não se
pode dizer que seja o mais belo ponto de vista urbano que se imagina. Os
contentores prolongam-se na cidade, o casario mergulha nos contentores. Seria
preferível vermos Lisboa ribeirinha asseada, de bairros e colinas, de árvores e
parques, de avenidas e pérgulas. Também ficaríamos felizes se, em vez de
contentores, que deveriam estar em Sines, tivéssemos a alegria de ver grandes
planos bem abertos do novo terminal de cruzeiros, de Carrillho da Graça, da
nova torre de controlo, de Gonçalo Byrne, ou ainda o MAAT, de Amanda Levete e a
Fundação Champalimaud, de Charles Correa. Para já não falar da Torre de Belém,
de Francisco Arruda! Mas enfim… Tejo é Tejo e Lisboa é Lisboa!
DN, 3 de Junho de 2018
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