O rio Tejo, com
barco, em dia de neblina, diante da Ribeira das Naus, em Lisboa – Quase
toda a minha vida se passou em cidades com rios. O Douro. O Corgo e o Cabril. O
Mondego. O Ródano. O Tejo. E novamente o Douro, sempre. Sem esquecer que as
mais belas cidades da minha vida têm rio: Arno, Tibre, Sena, Tamisa, Neva, Forth,
Amstel, Danúbio e Moldava. Quem fundou as cidades sabia o que estava a fazer.
Há quarenta anos, quando cheguei a Lisboa, a história desta cidade com o seu
rio era a de um acto falhado. Tinha passado, mas quase não tinha presente.
Hoje, entre as pontes e as margens, as esplanadas e os passeios, os barcos e a
vela, os cruzeiros e as praças à beira rio, algo se passa. Há romance. Ainda
faltam muitas árvores e jardins, mas lá chegaremos.
DN, 16 de Julho de 2017
1 comentário:
Num rio assim, à espera de romance, AB montou uma ponte a unir António Costa a Sócrates, especando nela os pés. Virá o outono e o inverno, a primavera e o verão e AB continuará, com as suas habilidades, a defender a sua posição naquela construção.
Na verdade, há muito que percebemos tudo: AB não sabe nadar!
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