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Na linha de caminho-de-ferro, da Régua para o Pocinho. Nesta última estação, o caminho-de-ferro termina. Já não vai até Barca d’Alva, muito menos até Espanha. É a Linha do Norte, que começa no Porto, em S. Bento ou na Campanhã, e ia até Espanha, recebendo ainda passageiros das linhas “afluentes” do Tâmega, do Corgo, do Tua e do Sabor, todas fechadas, condenadas, abandonadas e destruídas. É uma das mais belas linhas de comboio do mundo, com dezenas de quilómetros à beira do Douro, por vezes a meia dúzia de degraus ou poucos metros do rio. Traçada entre vales e vinhas, serviu, durante um século, gente e mercadoria e sobretudo vinho e materiais para a vinha. Afastou os barcos rabelos, foi afastada pelos camiões e pela estrada. Em qualquer parte do mundo, pelo menos nos países civilizados onde houvesse linhas de caminho-de-ferro como estas, sobretudo as do Douro e do Tua, tudo seria feito, em nome da cultura, da qualidade de vida, do turismo decente, da história, da decência, do ambiente e da estética, para que fossem preservadas. Não é assim entre nós! Triste sina!
3 comentários:
infelizmente os sucessivos governos não querem saber do interior, das acessibilidades e, se concordarmos que os automóveis tiraram alguma da utilidade a estas linhas, tinhamos a cultura, a qualidade de vida, o turismo decente, a história, a decencia, o ambiente e a estética, como diz, e como se vê neste preciso momento com a construçao da barragem do Tua ...
deixo-lhe aqui o meu relato da caminhada que fiz há 3 anos entre o Pocinho e Barca de Alva
http://pm-outrolado.blogspot.pt/2009/03/pocinho-barca-dalva.html
e o álbum com as fotografias tiradas http://picasaweb.google.pt/pmalbuns2009/20090322PocinhoBarcaDAlva?authkey=Gv1sRgCPXf4LXPieD9kAE&feat=directlink
"Entre nós" falta sempre o dinheiro, para tudo o que possa gerar riqueza colectiva.
Riqueza essa que, não havendo estreiteza de visão, seria geradora de mais riqueza, de sustentabilidade, de qualidade de vida e de protecção ambiental e social.
Q magnífica viagem de comboio por aí fiz, há q anos! Q surpresas, q inesperada progressão de poesia. Q saudades, essa é q é essa.
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