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Vindo não se sabe donde, indo para qualquer sítio, este homem transporta ramos de palmeira, certamente de tamareira. O M’Zab é ao mesmo tempo um vale, um oásis e uma região da Argélia, na parte Norte do Sara. É um sítio maravilhoso, composto de cinco cidades muito especiais habitadas pelos Mozabites, uma tribo de Berberes. A mais importante é Ghardaia. A que mais me impressionou é Beni Isguen. São pequenas cidades com uma arquitectura fabulosa, a ponto de terem sido consideradas há duas ou três décadas património mundial da UNESCO. Diz-se que o jovem Corbusier se inspirou naquelas construções muito bem adaptadas às condições de clima, extremamente seco e árido. Quando por ali andei, o termómetro chegou aos 50 graus! Quando viajávamos de carro, pelas pistas ou pelas estradas, era frequente um acontecimento destes: de repente, sem que se perceba o destino ou a origem, aparecia uma pessoa! Com ar de quem estava perfeitamente orientada! Só se via areia para um lado e para os outros!
2 comentários:
A imagem que publica e a respectiva descrição, constituem uma metáfora ao Portugal e aos portugueses de hoje, caro DR. António Barreto?
Um país a tornar-se cada dia mais àrido, menos produtivo, mais falido e um povo cada dia mais desorientado, quase a esquecer-se de onde vem e sem saber tão pouco para onde deseja ir?!
Não sei, mas como foi publicado em 10 de Junho... talvez se evocarmos Camões, ou Pessoa, consigamos obter um sinal, capaz de nos indicar um rumo que nos garanta fazermos ainda parte de uma gesta que não terminou... afinal, ainda ha Mundo.
;)
Fiquei com vontade de demandas argelinas. Foto belíssima!
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