Residentes no Teatro
Nacional D. Maria, em Lisboa – Há uns anos que parte do Rossio, ruas
adjacentes e Largo de São Domingos se transformaram em ponto de encontro de
africanos, muçulmanos, asiáticos e, por vezes, uns europeus. Nos acessos ao
Teatro, há sempre uns velhotes a descansar ao sol, a jogar às cartas, a
conversar, a intrigar, a trocar notícias de outros continentes. Ali perto, fica
A Ginjinha, frequentada mais por turistas e lisboetas. Lojas de roupa “étnica”,
produtos longínquos e géneros exóticos dão cor e vida. Todo aquele local
encontra-se hoje em mudança. Há vários riscos para a evolução futura daquele
bairro e daquelas paragens. Transformar-se em bairro degradado e marginal é uma
hipótese. Outra é a da operação de limpeza étnica. Qualquer delas é odiosa.
Manter a doçura cosmopolita e cuidar da qualidade urbana, preservar a
humanidade, tratar da beleza do sítio e garantir a limpeza e a segurança… Estas
seriam as boas hipóteses. Sempre as mais difíceis.
DN, 25 de Março de 2018
domingo, 25 de março de 2018
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