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Estive aqui, quase de passagem, há quarenta anos. É a ilha mais a
Leste das Caraíbas. Já havia, por aqui e ali, uns “resorts” de turismo, praia,
caça ao tubarão, pesca grossa e daiquiris... Tudo um pouco pindérico. Era o
princípio do novo mundo actual. Na cidade, muito pequena, já se notavam placas
à entrada dos edifícios com nomes sonantes e insólitos de empresas financeiras
e aparentadas: o início dos paraísos fiscais. Mas, no essencial, esta ilha era
ainda a que vinha dos romances de aventuras e de piratas. Azáfama aparente e
correrias nos mercados, vida tropical por excelência, notando-se uma altíssima
densidade de bares e tabernas por metro quadrado. Nas ruas dos arredores e no
campo, os aromas eram estranhos. Demorei umas horas a perceber que se tratava
de refinarias de beterraba, de fábricas de melaço e de destilarias de rum um
pouco por toda a parte, geralmente artesanais. Cheirava a açúcar queimado, a
melaço e álcool. Música local porta sim, porta não (Não consigo identificar o
género... Fazia lembrar a que se tocava muito na Jamaica e na Trinidad, com
instrumentos improvisados, restos de bidões de lata, rodas de carros, etc.).
Deve ser esta uma das ideias que se faziam os europeus do Paraíso perdido...
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