Ponte Vasco da Gama,
vista do Parque das Nações, Lisboa – Esta foi a primeira grande e
verdadeira Parceria Público Privada. A sua construção iniciou-se em 1995 e foi
inaugurada, para a EXPO de Lisboa, três anos depois. Atravessa o estuário do
Tejo e tem um pouco mais de 12 quilómetros. Dela se disse logo que era a maior
da Europa. A obra terá custado perto de 900 milhões de euros, com
financiamentos e subsídios europeus e internacionais. Está sendo paga com as
portagens durante os próximos 40 anos, além das receitas da outra ponte do Tejo
(25 de Abril), num negócio cruzado inovador e estranho. Após dezoito anos de
funcionamento, verificou-se que o tráfego é menor do que calculado (50 000 a 70
000 viaturas por dia, em vez das 120 000 previstas) e muito menos do que na
ponte 25 de Abril. O traçado e o desenho são de excepcional beleza.
Atravessá-la, conforme a estação do ano, a luz e a hora do dia, em qualquer dos
sentidos, de preferência em direcção a Lisboa, é inesquecível.
DN, 30 de Outubro de 2016
5 comentários:
Por muitas razões gosto de a atravessar em direcção a Lisboa. E a cidade, vista de qualquer das pontes, é linda. Mas o prazer solto que nos vem da travessia na ponte Vasco da Gama é múltiplo. É uma obra extraordinária.
Como se pode observar,também aqui o acordo entre instituições públicas e o setor privado resultou numa melhoria das nossas infra-estruras rodoviárias.
Lembro que Salazar autorizou a construção da primeira ponte sobre o Tejo, recorrendo a empresa e dinheiro internacional.
Que beleza de foto! A suavidade dos azuis divididos por aquela linha que nos transporta de norte para sul são para mim uma fonte de inspiração. Parabéns pela foto e pelo aniversário.
E no entanto...
Claro que as pontes devem ser belas e respeitando um bom enquadramento.
Mas, já dizia Vitruvius, o engenheiro chefe de Júlio César e que continuou com Octávio, é a necessidade que justifica a obra pública, escassos que são os recursos.
Há a ideia generalizada de que a Ponte Vasco da Gama é o seu trecho atirantado, o tal que a faz bonita... Não, a verdadeira ponte, na verdade são duas, vencem as calas que permitem a navegação para Alhandra/Vila Franca e para Alcochete, que de destacam ao longo da linha baixa do viaduto para permitir a passagem de navios e embarcações. O tal "troço bonito" serve apenas para não perturbar as salamandras e tritões que demandam o trancão. E isso foi demasiado caro.
Mas as suas fotografias são belas.
António Segadães Tavares
AS fotos da ponte VdG são sempre bonitas porque o que ressalta nunca é a ponte mas as águas do rio. Em minha opinião, a ponte VdG é uma espécie de mamarracho.
Passar nesta ponte de automóvel é, para mim, um desespero. Com a loucura da segurança fizeram uns taipais que me privam das vistas circundantes. Ainda não experimentei mas acho que num autocarro tipo 'expresso', é lá em cima se terá a tal vista.
A segurança na Ponte sobre o Tejo (dita Salazar e 25 do a) é feita por 'parapeitos' abertos que permitem saborear a vista.
Acho que não é ocasião para comentários políticos.
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