domingo, 28 de abril de 2013

Entrada do Santo Sepulcro, Jerusalém 2012

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O local é literalmente incrível! A Basílica, no local onde é admitido que Cristo tenha sido crucificado e sepultado, já atravessou séculos, guerras, destruições incêndios e reconstruções. É ainda hoje um local único de peregrinação com as habituais misturas de fanatismo e de meditação, de exoterismo exibicionista e de introspecção fundamental! De fé e de crendice. O ambiente e o clima são irrepetíveis! Há, ali, em quantidades improváveis, vida e morte! Força e fragilidade! Alegria e medo! Diz-se que os sítios exactos onde Cristo foi ungido e morto estão ali, assim como o lugar onde ressuscitou. Consta que a mãe do Imperador Constantino, Helena, encontrou ali a “verdadeira cruz de Cristo” (ou “Vera Cruz”, como passou à história e foi festejado por pintores e outros artistas, entre os quais o grande Piero della Francesca)). Estes locais santos e a cidade de Jerusalém já “pertenceram” a Judeus, a Romanos, a Muçulmanos não islamitas, a Cristãos, a Palestinianos, a Cruzados europeus, a Otomanos, a Muçulmanos Islamitas, a Israelitas… A Basílica e o respectivo sepulcro já estiveram a cuidado de vários cultos cristãos e diversos católicos, assim como de judeus e islamitas. Nos últimos séculos, foram entregues em co-gestão a ordens católicas e ortodoxas, sendo que os cooptas egípcios, os ortodoxos arménios e os cooptas sírios também colaboram no arranjo, na limpeza, na guarda e na segurança, na manutenção das velas e das flores, etc. (2012)

domingo, 21 de abril de 2013

Apelo

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Publiquei esta fotografia no Sorumbático e no Jacarandá há dois ou três anos. Dei-lhe então a identidade que julgava verdadeira: Solar no Romeu. Parece que me enganei. Já recebi vários desmentidos e diversas sugestões em substituição. Uma convincente, mas nenhuma definitiva. A mais provável será a de um solar em Barrô, na margem esquerda do Douro, perto de Resende, diante de Barqueiros ou de Porto de Rei… A fotografia terá sido feita a partir da margem direita. 
Na impossibilidade de lá me deslocar de imediato, apelo aos leitores e curiosos: onde fica esta casa? Em que estado se encontra hoje? Ainda em ruínas?

domingo, 14 de abril de 2013

Luz - Douro, Pinhão, Vindimas 1985

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Esta imagem encerra um pequeno mistério. Como, aliás, tantas outras, na nossa vida fotográfica! Este rapaz surgiu de repente no meio das vinhas. Ia a passar. Tem ar simpático e afável. Depois de o fotografar, gesto a que ele respondeu com um doce sorriso, pequenos incidentes (duas pessoas chegaram, alguém me chamou, foi preciso tratar de um assunto qualquer…) fizeram com que eu não falasse com ele de imediato. Quando o procurei, tinha desaparecido. Não sei se chegava ou se ia embora. Se era dali, ou de fora. Se ia ou vinha trabalhar. Se aquele cesto estava vazio ou carregado de bens pessoais. Nunca saberei. (1985)

domingo, 7 de abril de 2013

Luz - Cemitério de Jericho, Oxford 2004

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Corro o risco de me repetir e trazer mais imagens do mesmo sítio. Mas este cemitério, no Norte de Oxford, no bairro de Jericho, é de grande beleza e sossego. Perto de minha casa, quando lá estou por uma temporada, por lá passo todos os dias. Às vezes, vou para ali ler o jornal do dia ou ouvir música num iPod. Apesar dos túmulos e das cruzes, o cemitério não tem ar fúnebre. Já vi quem vai para ali conversar ou namorar… A simplicidade e a depuração dos cemitérios ingleses são impressionantes. Parecem abandonados, mas não estão. Não há nenhum sinal de abandono ou desmazelo. (2004)