domingo, 29 de julho de 2012

Luz - Rio Nilo, diante da cidade de Assuão, Egipto 2006

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Estamos ainda longe da famosa barragem. Mas a cidade tem esse nome. Na minha juventude, a construção desta barragem estava altamente colocada na lista dos objectos de admiração. Fiquei fascinado diante da ideia (e do projecto e da realização...) de “desmontar” o famoso monumento de Abu Simbel e voltar a construir umas centenas de metros ao lado e acima do nível da água da futura albufeira. Proteger a cultura e modernizar, “dominar a Natureza”, como se dizia na altura, eram programas de optimismo histórico! Hoje, essas obras estão lá, para orgulho de muitos, com certeza. Mas entretanto sabe-se que o Nilo teve problemas ecológicos muito sérios, milhões de hectares de terras férteis viraram areia ou foram perdidos para a agricultura, a fauna fluvial transformou-se e empobreceu... Com o que sabemos hoje, teríamos feito a obra igualmente? Passei na região uns dias, entre as águas do Nilo, as margens férteis, as vilas e os mercados e os monumentos. É sítio inesquecível. (2006)

domingo, 22 de julho de 2012

Luz - Da Régua ao Pocinho

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Na linha de caminho-de-ferro, da Régua para o Pocinho. Nesta última estação, o caminho-de-ferro termina. Já não vai até Barca d’Alva, muito menos até Espanha. É a Linha do Norte, que começa no Porto, em S. Bento ou na Campanhã, e ia até Espanha, recebendo ainda passageiros das linhas “afluentes” do Tâmega, do Corgo, do Tua e do Sabor, todas fechadas, condenadas, abandonadas e destruídas. É uma das mais belas linhas de comboio do mundo, com dezenas de quilómetros à beira do Douro, por vezes a meia dúzia de degraus ou poucos metros do rio. Traçada entre vales e vinhas, serviu, durante um século, gente e mercadoria e sobretudo vinho e materiais para a vinha. Afastou os barcos rabelos, foi afastada pelos camiões e pela estrada. Em qualquer parte do mundo, pelo menos nos países civilizados onde houvesse linhas de caminho-de-ferro como estas, sobretudo as do Douro e do Tua, tudo seria feito, em nome da cultura, da qualidade de vida, do turismo decente, da história, da decência, do ambiente e da estética, para que fossem preservadas. Não é assim entre nós! Triste sina!

domingo, 15 de julho de 2012

Luz - RCV, Gaia. 2006

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Armazém da Real Companhia Velha, em Vila Nova de Gaia. Um dos maiores e mais antigos. Actualmente, em vias de reconversão. Vivia-se, neste armazém, o vagar da história. Respirava-se a humidade do tempo e sentia-se o silêncio do passado. A reduzida luz proporcionava sombras e relevos extraordinários. E tudo isto ajudava ao envelhecimento do vinho do Porto.

domingo, 8 de julho de 2012

Luz - Quinta do Infantado, Covas do Douro, 1979

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Numa prensa, à beira de um lagar, depois de se ter retirado o vinho, sobra o mosto que vai ser prensado e escorrido até que não sobre qualquer líquido. Este vinho assim feito não é em geral aproveitado para os melhores lotes. Na verdade, desta maneira extraíam-se também matérias que não faziam bem ao vinho: concentração excessiva, taninos a mais, madeira ácida, até resinas...

domingo, 1 de julho de 2012

Luz - Porto, 1975

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Diante de um cartaz pouco legível, mas de significado inequívoco.