domingo, 15 de novembro de 2015

Luz - Parkour, à beira Tamisa, Londres


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Parkour (também já vi Parkur, Parcours e Parcur…) é uma arte, uma técnica, uma disciplina, um desporto, um passatempo… Não sei bem o que será. É uma invenção recente que traduz a ideia de “deslocação”, sobretudo em meio urbano, mas também pode ser noutro ambiente qualquer. “Deslocação evitando obstáculos” parece ser a expressão chave. Mas com meios próprios, pés, pernas, braços e mãos… Nada de equipamentos, cordas, instrumentos, o que for. Os movimentos e os passos já estão codificados e têm nomes próprios como se fosse na dança, na tourada ou na ginástica. Atravessam-se ruas e avenidas, telhados e patamares, corrimões e escadarias, varandas e muros, nada escapa. Parece que se consegue atravessar cidades inteiras assim! Um dia, em Londres, perto do Tamisa, de repente, vejo este senhor dar saltos perigosíssimos de muro para muro, à beira do precipício… Pensei várias coisas, incluindo a ideia de que seria um artista à espera da “moedinha”… Ou um efeito de “alteradores de consciência”. Nada! Estava a treinar, explicou-me. E aquele salto era particularmente difícil, pois falhar era quase a morte do artista. Parece brincadeira, mas não é. Um dos mais referidos acidentes teve lugar em Lisboa: um dos mais reputados adeptos do “Parkour”, Carlos Lopez, saltou, em 2014, da janela de um hostel para uma varanda vizinha e caiu no solo, 15 metros abaixo. Morte instantânea. (2015)

1 comentário:

bea disse...

São suicidas potenciais que talvez necessitem da adrenalina para se sentirem melhor de alma. Mas, correndo mal, em princípio, os danos são apenas pessoais. Há muito pior neste mundo que não cessa de nos espantar.