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O crescimento do turismo em Portugal, especialmente em Lisboa e no Porto, é um dos novos fenómenos da última década. Não pára de crescer, graças a muitos factores: além dos méritos e do clima do país, é a crise no Mediterrâneo, a guerra no Próximo Oriente, o afundamento da Grécia e o crescimento dos aviões “low cost”. Lisboa e Porto, com centenas de hotéis e “hostéis”, com milhares de tuks-tuks e muitas centenas de esplanadas, sem falar em longas filas ao sol para entrar na Torre de Belém, nos Jerónimos e nas caves de vinho do Porto, são já hoje diferentes do que eram há dez anos. Para o melhor e o pior, como é hábito. Uma das realidades curiosas é o número formidável de enormes cruzeiros, com uma ou duas dezenas de andares, com milhares de passageiros e dezenas de restaurantes, casinos, piscinas e outras amenidades! Acostam no Porto e sobretudo em Lisboa (já o faziam antes na Madeira), descarregam uns milhares de turistas por dia, dão-lhes de almoçar e dormir, levam-nos um dia depois. Visto do largo da igreja de Santo Estêvão, o santuário do fado, um cruzeiro da companhia “Disney”, dos mais pequenos, mais parece um “navio dentro da cidade”… (2015).
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