Lenine em São Petersburgo, em 2010 – Na periferia desta maravilhosa cidade, tão surpreendentemente europeia, em bairros residenciais datando dos anos cinquenta e sessenta, uma estátua de Lenine ainda adorna o espaço público. Desaparecido Estaline (o número de estátuas é hoje diminuto…), ficou Lenine para décadas de purgas e de afastamentos. Mas ainda sobram. A nova Rússia não perde tudo da velha, nunca! Soljenitsine ficava zangado quando alguém lhe dizia que o comunismo soviético era só mais uma maneira de ser russo! Dizia que não! Que o comunismo era uma aberração e que a “mãe Rússia” haveria um dia de se vingar e varrer os usurpadores da sua história. Com o tempo se vai vendo que naquele estranho país o jogo da continuidade e da mudança é complexo e interessante! Até o nome da cidade traduz esta realidade: Petersburgo, primeiro, logo seguido de São Petersburgo. Depois, em 1914, Petrogrado. A seguir, em 1924, Leninegrado. Finalmente, de novo São Petersburgo. Ou Peter, para os íntimos.
DN, 12 de Fevereiro de 2017
domingo, 12 de fevereiro de 2017
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1 comentário:
Todas as nações têm a sua história e estórias. A Rússia, como Portugal, não é exceção.
Esta cidade foi feita para czares e não para bolcheviques, porém, estes souberam preservar, valorizar e modernizar o legado.
Uma curiosidade: Stephan Bannon, a eminência parda do presidente dos USA, é um admirador de Lenine. Compreende-se, agora, a revolução “bolchevique” made in USA, a declaração de “guerra” e as deportações em massa que se avizinham.
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