O porta-aviões
americano USS Saratoga em frente ao Terreiro do Paço, em Lisboa – Fevereiro
de 1975. Há 42 anos. Era o princípio daquele que ficou na história como PREC
(Processo Revolucionário em Curso) ou “Verão quente”. O mundo vivia uma crise
difícil. Os americanos estavam a perder o Vietname. Nixon portara-se mal e o processo
de “impeachment” tinha-o obrigado a afastar-se. Os soviéticos estavam a ganhar
em vários sítios de África e Ásia. Em Portugal, uma revolução democrática
descambava. Havia comunistas no governo e à cabeça das Forças Armadas. A NATO
organizava manobras (Locked Gate – 75) de grande envergadura no Atlântico
ocidental, incluindo Lisboa. Aqui chegaram o porta-aviões Saratoga e vasos de
guerra americanos, ingleses e franceses. O Saratoga colocou-se diante do
Terreiro do Paço e do Cais das Colunas. Para que não houvesse dúvidas. A imprensa
informou pouco. Mas os comunistas fizeram manifestações que rezavam: "Fora
a NATO! Fora a CIA! Independência nacional"! Uns Portugueses sentiram-se
ameaçados. Outros protegidos. Eram assim aqueles tempos!
DN, 5 de Fevereiro de 2017
1 comentário:
Mais uma vez, aparece o PREC nas revisões da matéria dada.
O objetivo é reavivar e copiar “o grande embuste” e colá-lo, o mais possível, à atual situação política nacional. Com isto, AB pretende alertar os leitores para os perigos que o PCP representou no passado para a sociedade portuguesa e que ainda se mantêm. Delírium… Delirium!...
Observando a imagem, reparo que não era necessária tal exibição em frente ao Terreiro do Paço. Portugal pertencia à NATO desde 1949. Sabíamos que a URSS não poderia comprar uma guerra com a NATO. Aos soviéticos interessava-lhes apenas Angola e Moçambique, como veio a suceder. Se por ventura houvesse guerra civil, teria havido uma carnificina, da qual não sobraria um comunista para amostra. Mas, o povo português não foi nessa: numa só noite, 25 de novembro/75, os nossos comandos da Amadora resolveram o problema. No dia seguinte, apesar da derrota, o PCP foi convidado a integrar definitivamente o regime democrático, sendo considerado, a partir desse momento, indispensável à democracia portuguesa, até hoje, para fúria e descontentamento da Direita portuguesa.
Dito isto, uma pergunta se coloca: AB defende a proibição e retirada do PCP do nosso sistema partidário?
Não estranhem a pergunta. Na Alemanha, por exemplo, o Partido Comunista Alemão ainda é proibido… Os seus militantes são considerados “radicais” e estão impedidos de exercer cargos públicos.
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