quinta-feira, 23 de junho de 2016

Sem Emenda - As Minhas Fotografias



Fachada do Banco de Comércio, em Caracas, Venezuela (1971) – Eram outros tempos. No princípio da década de 1970, Caracas era uma cidade de incrível agitação. Tráfego automóvel infernal. O petróleo reinava. Preparava-se a sua nacionalização. É um enorme território (quase um milhão de Km2), com relativamente poucos habitantes (cerca de 30 milhões). É um dos dez maiores produtores de petróleo. Uma das maiores reservas de gás e petróleo do mundo. Tem uma das maiores barragens hidroeléctricas. Um país inesgotável de riqueza. O mais importante cliente de computadores Magalhães. Bairros de lata e favelas de dimensão apocalíptica. A história recente deste país é uma sucessão de euforia, riqueza, pobreza, quedas, rupturas, golpes, ditaduras, crises e miséria. Hoje tem talvez a mais alta inflação do mundo. Desordem conhecida. Permanente ameaça de desastre. Presos políticos e agitação constante. Racionamento de comida, água, pão, arroz, luz eléctrica, gasolina… Um pesadelo.
DN, 19 de Junho de 2016

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