EM JULHO DE 1974, já depois de vir a Portugal “ver o 25 de Abril”, voltei a Genebra tratar da minha vida e preparar-me para regressar a Portugal. Antes disso, fui “despedir-me da Europa”, escolhi uma viagem à Grécia, onde nunca tinha ido. Cheguei a Atenas no dia do “golpe” que derrubou a ditadura dos Coronéis. Sorte a minha! Tinha perdido o 25 de Abril, tive, em troca, um “golpe democrático”. Fiquei por Atenas uns dias a festejar. Invoquei a minha qualidade, duvidosa, de correspondente do jornal “República” (tinha um cartão de identidade) e estive em todos os locais importantes. Assisti à Chegada de Karamanlis e aos primeiros encontros com os democratas gregos. Nas ruas, era uma enorme agitação festiva. Nesta imagem, a polícia tenta conter a multidão que cercava o hotel onde os democratas se reuniam e onde Karamanlis acabava de chegar. (1974)
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
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1 comentário:
angeloochoa.net disse...
http://www.youtube.com/watch?v=5pAjjMNcxqI
...link para videoclip de conta Youtube sobre o seguinte texto, do 19.9.1999, dia em que todas as rádios de inspiração cristã da Europa falaram de Timor-Leste:
Imensa mesa, imensa alegria:
Sabei, homens, quanto vale viver a paz;
a insondável riqueza, a diferença, o vosso irmão;
o intangível sagrado, que encerra convicto
o que de vós discorda;
quantas vidas se salvam por um acordo,
selado com um simples aperto de mão;
o valor que é o outro, e quanto bem é dardes,
a esse outro, o espaço, vosso, que lhe é devido.
Sabei também quanto a vossa terra merece
que a deixeis florescer e frutificar,
à luz da imensa alegria.
Se tal souberdes, dareis as mãos confiantes;
alegrar-vos-eis, com os demais convivas,
no comum banquete da palavra,
num invencível amor.
Saudareis com à vontade todo o homem
em língua que a nenhum será estrangeira;
e em qualquer parte do habitado planeta
vos sentireis como em vossa própria casa.
Abrireis janelas amplas
a cada novo alvorecer;
cada manhã será a manhã do novo homem.
Sabereis o que é o vosso chão e o vosso pão;
o peso, a leveza, a sã consciência solidária;
a dignidade de estardes vivos.
Tereis o vosso tempo, pois todo o tempo será vosso;
inaugurareis um novíssimo milénio
com admirável fraternidade.
Serão então o ar, o pão, a água prodigalizados com a poesia,
abundante parte à mesa dos humanos,
elevados que sejais a uma verdadeira harmonia;
o alto e claro sol vosso será,
e partilhado.
Deus será um comum pai, única mãe;
possibilidade de ser invocado por Seus desvairados nomes;
presença, jamais ausente, na mais pequenina das flores;
até vós descerá.
Em mão vos terá da paz movidos;
porque habitará o cerne dos vossos sonhos;
e iluminará sorrisos em todos os meninos.
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