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Manifestação de organizações
camponesas e de sindicatos agrícolas de apoio ao governo de “Unidad
Popular” de Salvador Allende (Socialistas, Comunistas, Radicais,
Católicos de esquerda, outros de extrema esquerda…) para as políticas de
Reforma Agrária. Nesta fotografia, vê-se o palco recheado de dirigentes
políticos e de associações camponesas. Salvador Allende é o sexto, na primeira
fila, a contar da esquerda. É a sessão de encerramento de uma grande
conferência a favor da reforma agrária, seguida de manifestação na rua.
Tratava-se de governo minoritário, tendo S. Allende sido eleito com cerca de
35% dos votos populares. Uma velha tradição democrática chilena fazia com que o
candidato que tivesse mais votos populares tinha grandes possibilidades de
vencer a “segunda volta” que se realizava no Parlamento. Depois de
iniciado o governo unitário, a pressão dos comunistas, dos outros grupos de
extrema-esquerda e mesmo dos socialistas mais radicais, assim como dos grupos
católicos de esquerda, crescia todos os dias. Queriam mais revolução, mais
reforma agrária, mais nacionalizações (entre as quais dos principais recursos
naturais, os fosfatos e o cobre), mais intervenção do Estado e mais mobilização
contra os capitalistas, a direita e os americanos. Assim se viveu durante um ou
dois anos. Os Estados Unidos conspiraram e ajudaram a conspirar o mais que se
imagina e sabe. A esquerda não mediu a sua fragilidade inicial. A direita não
hesitou diante de nenhum meio, da greve à sabotagem, do assassinato ao golpe
militar. O resto é conhecido. (1971)
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