domingo, 9 de setembro de 2012

Luz - Terceira, Açores 2011

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Num intervalo de uma tourada à corda ou corrida de touros á corda, em São Mateus, a poucos quilómetros de Angra do Heroísmo. Há duas centenas ou mais destas corridas ao longo do ano. Realizam-se nas aldeias, nas vilas ou nos bairros das cidades. Parece mesmo que existe uma “coordenação” a fim de evitar que haja muitas corridas ao mesmo tempo. É tradição própria da Ilha Terceira, mesmo se noutras ilhas se pode esporadicamente organizar uma tourada parecida. As primeiras destas touradas de que há registo datam do século XVII. Há verdadeiros fanáticos que percorrem a ilha de tourada em tourada. E de cerveja em cerveja, acrescente-se... Os touros são largados nas ruas, durante pequenos percursos, de quinhentos a mil metros, amarrados a uma corda que se vai esticando até certo limite. As pessoas aproximam-se e fogem quando o touro chega. Não consta que haja feridos graves. Não se maltratam os touros de modo excessivo. Terminada a tourada, os animais voltam para as pastagens e ainda podem ser utilizados mais umas tantas vezes. É cerimónia social e romaria, mais do que arte tauromáquica. Dentro de casa, em cima dos muros ou atrás das grades, os visitantes e os turistas não correm grandes perigos. A maior parte, aliás, está atarefada e consumir enormes piqueniques e imensas grades de garrafas de cerveja. Uns rapazolas mais destemidos lá vão tentando impressionar as moças... Só uma vez vi um levar umas “marradas” sérias. (2011).

6 comentários:

DOCTOR NO, NO, NO VIEGAS NO PLEASE- JUST SAY NO disse...

já lá dizia um ou uma dos Ribeiros Telles ou dos Telles d'albergaria tanto faz, que o bicho nem sente os ferros e até gosta da liça...

açores 2011? é a crise é?
Se bem me lembro quebrar a anca por encosto no bicho acontecia aos velhotes da capeia arraiana

na terceira ou noutra qualquer nunca fui mas parece milagre nunca haver acidentes e o bicho goste de ser roçado por corda

as cordas de cânhamos cortam que se fartam e as de nylon idem, o boi tem uma pele grossa né?

DOCTOR NO, NO, NO VIEGAS NO PLEASE- JUST SAY NO disse...

e beber o sangue...

ê tinha um bezerrinho que se esfolava na corda para ver se se safava na sangria

é tradição pecebo...
e o bicho até gosta

por acaso acho que a seca acabou com esse costume bárbaro...lá numa aldeola perdida no sahel
acho que acabou com as vaccas também

Banda in barbar disse...

Acho que tenho fobia de cordas...
Também nunca alinhei na teoria das cordas.
O b-log não tem restrição commentarista?
Ou inda não tem?

Anónimo disse...

"Não consta que haja feridos graves."
António Barreto deveria informar-se melhor antes de fazer afirmações como esta. Bastaria consultar alguns vídeos disponíveis no YouTube.

"Não se maltratam os touros de modo excessivo."
O que são exactamente, no entender de António Barreto, maus-tratos "não excessivos"? Esse conceito já foi utilizado para justificar a tortura.

tempus fugit à pressa disse...

Há torturas boas e más e há torturas assim assim.
nisse é como a poesia...
há hortas dela tão mazinha....

tempus fugit à pressa disse...

e torturar us animaes com cornadura
mesmo no par lamento de facto é cru-el ou jor-el ou outro desses kryptoníticos...