domingo, 23 de janeiro de 2011

Luz - Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel, 1978

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Vista geral do santuário. É um dos sítios mais maravilhosos de Portugal. Difícil fazer lá qualquer coisa que permita um uso contemporâneo ou uma “requalificação”. Os acessos não são fáceis. Não há praias nem “apoios de praia”que chamem os turistas. Os ventos podem ser medonhos. As encostas e as falésias desencorajam os mais aventureiros. Mas talvez todas essas dificuldades tenham sido razão suficiente para afugentar os mercadores, os modernizadores e outros patos bravos... Pena é que parece estarmos condenados a um dilema fatal: ou ruína ou selvajaria moderna!
A primeira ermida data do século XIV. A igreja foi construída no século XVII. De cada lado da igreja, há duas enormes construções de hospedaria para os peregrinos. Com excepção da igreja, reparada há poucos anos, todo o conjunto está em mau estado. Paredes caídas, azulejos vandalizados, aqueduto parcialmente demolido, “casa de água degradada”... É a nossa sina!

5 comentários:

www.pedroguimaraes.net disse...

Caro António,

Estava a ouvi-lo no podcast da 3 (prova oral) e resolvi vir cá dar um salto. Lembrei-me de partilhar este pequeno trabalho que fiz sobre a linha do Douro. Espero que lhe diga alguma coisa. Trata-se de uma série de apontamentos feitos durante as pausas entre o meu trabalho como fotógrafo.

http://vimeo.com/3152816?pg=embed&sec=3152816&hd=1

Abraço de Copenhaga.

jccl disse...

Este local, que só conhecia dos livros e que passei a conhecer há dois anos, é de facto mágico.
Não sei o que se pode fazer ali. Algumas actividades efémeras, talvez, mas deixar degradar o local (quando lá estive vi obras ao nível do solo, mas não sei o que seriam) só neste País.
No entanto, talvez o vento não ajude a espectáculos ao vivo.

Fernando Antolin disse...

O ano passado levámos uma amiga polaca a visitar o local,no Verão, ficou deslumbrada.

Talvez se pudessem aproveitar as antigas instalações de apoio aos peregrinos,para apoio a algo que chamaria eco-turismo, a zona parece-me boa no que toca a percursos pedestres (duros,bem entendido),observação de aves,flora etc. Talvez até se pudesse contar também com a ajuda/apoio das instalações do farol do Espichel.

O mesmo (quanto a este último ponto) se poderia dizer do farol da Berlenga e de outros espalhados por este País.

Segui com atenção a sua entrevista na RTP. Extraordinária.No fim apeteceu-me aplaudir...e chorar...

Cumprimentos

patricio branco disse...

há muitos anos que tudo aquilo está abandonado, sem obras de manutenção. Há uns 30 estive lá e já estava assim.
De quem depende, tem proprietários ou é propriedade publica?

Joao Augusto Aldeia disse...

Tenho uma extraordinária memória emocional deste local, pois foi aqui aque saí pela primeira vez na Banda de Sesimbra, a tocar no clarinete a maravilhosa marcha lenta Rocamador. É uma memória perfeita, pois também inclui a parte ridícula: tinha aprendido a tocar sentado e o regente, António Cruz, só na véspera se lembrara de "ensaiar" o tocar a marchar. Resultado: perdia-me constantemente nas linhas da pauta, a dançar à minha frente (outra novidade). Fiz toda a procissão a fingir que tocava, com os olhos a rolar à esquerda e à direita a ver se alguém dava pela batota. Uma coisa é certa: não dei uma única fífia; nada mau para uma estreia!