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Deve ser hoje um dos principais (e dos poucos...) portos de pesca em actividade em Portugal. A diminuição da pesca foi uma das consequências da integração europeia e da globalização. Mas creio que foi um erro das autoridades portuguesas. Em certo sentido, “trocaram” a agricultura e as pescas pela indústria e as auto-estradas. Ficámos a perder nesse negócio! (2006).
4 comentários:
caro Antonio Barreto,
o resultado deste "negocio" europeu foi claramente mau para a agricultura e pescas nacionais.
Mas existem sectores, que mesmo contra tudo e todos, conseguiram aumentar a sua produtividade e são, até, apontados como exemplos para os restantes sectores agricolas.
Falo, claro está, do sector do leite.Hoje este mesmo sector tem novos desafios, dificeis, muito dificeis, com um cenário de fim das quotas leiteiras, licenciamentos e questões ambientais,etc. Se isso acontecer, os nossos produtores de leite vão ficar em desvantagem(outra vez) para com os países do norte da europa.Espero que os nossos governates lutem para que o regime de quotas leiteiras continue, os nossos produtores não merecem ser traidos dessa forma.
Quanto às pescas, pergunto, como foi possivel chegar a este estado de coisas? Com uma costa como a nossa? Estamos cada vez mais dependentes do exterior.Não percebo, mas julgo que pelo menos os poucos que ficaram e lutam pela vida neste sector merecem ser destinguidos positivamente.
Cumprimentos.
Caro António,
A pesca industrial (com meios artesanais) praticada em Portugal não pode, em termos de custos, rivalizar com os navios-fábricas de outras potências.
Mantenhamos a pesca artesanal para consumo próprio.
UE: Tanta mente brilhante junta. As nossas, pulando de alegria com o anúncio de aumentos de ordenado para o dobro (viva a igualdade com a Europa, nem que seja apenas e só nos ordenados deles). Não deveriam decerto fazer melhor pelos respectivos Povos? Quem os avalia nas decisões tomadas!? Não é nas urnas, não. Somos tão parvos! Alguém tem de ir. Vai alguém, de certeza. Até vamos de novo ser convidados a escolhê-los!
Que fado! E que enfado! Que cansaço disto tudo.
Entretanto vamos ficando mais pobres de espírito e em pescados, laticínios, frutas, legumes e hotaliças. Não há quem queira regressar ao passado, voltar a semear para colher, voltar a pescar neste imenso mar que lambe a nossa costa. Porque não pode. A UE não deixa. Foi o combinado.
Bom fim de semana.
Saudações cordiais.
Falo sobre a pesca, que é o que conheço. A diminuição da pesca não se deve, como diz o dr. Barreto à integração europeia e à globalização, mas à escassez de peixe no mar. Se comparar os números de antes da integração com os de hoje, verá que a frota de pesca não diminuiu. O que diminuiu foi a frota de alto de mar - porque as águas internacionais onde habitualmente pescávamos, Terra Nove e Gronelândia, passaram a ser administradas. E ainda bem que passaram a ser administradas,porque, se não fosse assim, o bacalhau seria hoje uma espécie em vias de extinção. Ainda assim, os armadores portugueses podiam ter ido para outros mares, e investirem em navios-fábricas, como os espanhóis fizeram, mas vá lá saber-se porquê não quiseram. Há cada vez menos peixe. E se não fosse a gestão do mar e a fixação de quotas para cada espécie, ainda havia menos. A pesca artesanal não diminuiu. O peixe é que é menos - e estranhamente cada vez mais barato na lota. Culpa dos pescadores e armadores de pesca artesanal, que não se organizam capazmente para assegurarem, eles, a gestão das lotas em substituição da docapesca. A UE não deixa pescar na costa? Não sejam ridículos! Qualquer pessoa pode constituir uma empresa e fazer-se armador. Este tema, como vêem, dá pano para mangas.
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