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O edifício ainda não está acabado. Não me foi possível entrar, nem sequer passear nesta pátio estranho e atraente, que não é mais do que uma passagem através de todo o prédio, da avenida da frente para a rua das traseiras. O autor é o arquitecto Manuel Aires Mateus. O edifício fica na avenida 24 de Julho, perto do Tejo, não longe do Cais do Sodré e do Mercado da Ribeira, e terá oito pisos à superfície e seis subterrâneos para vários usos mais estacionamento. A abertura e a inauguração estão aparentemente atrasadas, pois estiveram marcadas para o segundo semestre de 2014. A obra terá custado mais de 60 milhões de euros, sendo que este valor não é rigoroso nem está confirmado. Todo o edifício vive muito da transparência dos materiais, nomeadamente o vidro profusamente utilizado. A perspectiva desta imagem depende do sol e das sombras. Só se obtém este plano a certas horas do dia e com a meteorologia adequada. É provável que a construção venha a ser polémica, tanto funcional como esteticamente. Será mérito seu. Para já, posso garantir que é uma verdadeira fantasia para qualquer fotógrafo! Poderá passar por ali horas, dias e semanas, em vários estacões do ano, a diferentes momentos do dia: nunca se cansará de jogar e brincar com a luz e a sombra! (2015)
2 comentários:
Straight photography ou a objectividade frente ao real
A bidimensionalidade do plano, a precisão das formas geométricas, as traves que se confundem com a projecção de linhas feitas por sombras, a relação do homem com o meio, a escala. Tudo, no enquadramento desta imagem, resulta da capacidade de precisão e encenação do espaço. Nada foi fruto do acaso. Foi, isso sim, o “Lugar de um encontro feliz!”
Black & White do melhor! Nada lhe falta.
Em acordo absoluto com o que diz a estudiosa do Grand Monde, comissária da belissima exposição que está no Museu da Régua.
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