domingo, 27 de fevereiro de 2011

Luz- Arcadas no Cabo Espichel, 2001

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Ao longo dos anos, fui visitando o Cabo Espichel, o seu santuário e as “casas de peregrinos” com interesse e carinho. As arcadas que ocupam os dois corpos laterais do santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel. Por cima delas, ficavam as hospedarias dos “círios” e das “irmandades”. Quando visitei o local pelas primeiras vezes, em 1974 e 1975, habitavam por ali pescadores e “retornados” das colónias. Esta perspectiva das arcadas garante a continuidade. E confirma que, apesar de tudo, o abandono não deu lugar a mais degradação. A limpeza do local é rara e exemplar no nosso país. (2001)

5 comentários:

www.angeloochoa.net disse...

arcos botantes ou debutantes a parte... luzes espichel ou carvoeiro ou sameiro oou barreto, antónio, fotografo e nao só a parte sem acordo nem correcta rescrita a sabor de teclar e teclar e que se f...
germanofobos ou americanofobos a parte... Joaquim Carlos, como não poederia deixar de ser qui deixo nota de vídeo meu da conta
http://www.youtube.com/user/25xiinatal mais um dos tantos a que hei perdido conta... só lamento que se minhas sonhadas palavras em segunda edição a espera levaram umas 4.000 emendas meus vídeos estão e estarão tais e quais e imutáveis la vai pois past ... pasto:

Louco amor. Ângelo Ochôa
Louco amor,
teus olhos,
buracos deslumbrados,
irrompem dum bocado de mudez.
Não precisamos de olhar
pra cima ou pra baixo,
mas em frente.
Delineamos sinistro rotineiro filme diário,
figuras apagadas,
que inúmeras,
uma câmara sobre a cabeça,
outra sobre o coração.
Ângelo Ochôa, As Cidades de Israel, Sonhadas Palavras, pg 82 pdf in http://angeloochoa.net/ochoa/

Ângelo ochoa sonhadas palavras cidades Israel canção nova poesia viva amor poema olhos mudez pra diante câmara deus sobre cabeça coração actores apagados que inúmeros filme diário
http://angelo-ochoa.blogspot.com/2011/02/louco-amor-angelo-ochoampg.html

http://joshuaquim7.blogspot.com/2011/02/malignidade-da-chantagem.html

http://www.youtube.com/watch?v=V51cMmZ1whI

Fernando B. disse...

Pois meu caro, só lá fui uma vez... Consigo, em 1976 !

35 anos ! oh vida...

www.angeloochoa.net disse...

mais uma dica em link p/ barreto, antónio... e frequentadores de jacarandá, grato pelo ensejo, ochoa
Abria o livrinho,
que trazia para intervalos mortos,
abria-o, e lia-o sem detença.
Fazia uma dobra ao canto da página,
fechava-o, e partia.
-
Cobras
apareciam esventradas por carreiros,
crescendo lua.

Premir teclas, intuir associações,
moer lembrança, acrescer sentidos
a reapreciadas palavras,
continuando atidos
ao que ao perto:
Fole fofo sopra.

03 abria o livrinho que trazia angeloochoa
Ângelo ochoa pdf in http://angeloochoa.net/ochoa/ pg. 49 caleidoscópio sonhadas palavras ultimo um doc poesia viva sempre canção nova cobras livro teclas andorinha primavera carreiros
http://angelo-ochoa.blogspot.com/2011/03/03-abria-o-livrinho-que-trazia.html

http://www.youtube.com/watch?v=6JYyeWLaAo8

hoje 3iii20011 pela manhã

patricio branco disse...

perfeito cenário para um filme de segio leone dos anos 60, os spaghetti western, se com clint eastwood e lee van cleef (o mau, de bigode, não sei se era este o nome)melhor ainda. Boa utilização do Cabo espichel, alugado para cenário de westerns ou filmes historicos

namastibet disse...

Nasci onde as ondas do mar se calam



Nasci onde as ondas se calam nas pedras,
Onde a fala se confunde co’mar,
Vinha de manhã cedo pra brincar,
Com os seixos que docemente me falavam,

(Como quem delega num filho um segredo),
Num lugar secreto onde tudo era tranquilo,
O rolar das ondas quedava ainda mais lento,
Lavava por dentro o meu coração,

Num leito de calhaus polidos,
Ia até onde chegava a maré cheia,
E ali ficava, calado, na tarde, esquecido, pasmado
Com a doçura de sal e lábios e areia,

E nas palavras, que de noite emudeciam,
As promessas que o mar me desse
E os sons que na noite falassem deste…
Quem me dera que nunca fosse

Acordado p’lo mar embrutecido,
Mas, se ele me desse um búzio, (mesmo pequenino e partido)
Eu ia embora mas não mais deixaria
De acordar de manhãzinha e bem cedo,

Pra nele colar o meu ouvido,
Mesmo que fosse viver longe do mar,
Ele estaria sempre ao meu lado
Porque nasci onde o sal se me colou na pele

E não me canso de ouvi-lo falar, (do mar)…
Qual quer que fora o seu rugido,
É eterno e terno ao meu ouvido.

Jorge Santos (02/2011)
http://joel-matos.blogspot.com

(obrigado por me recordar o cabo onde nasci e passei a minha infância)