domingo, 11 de março de 2012

Luz - Ilha Terceira, Açores, 2011

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Imagens como esta repetem-se ao infinito! Algumas ilhas açorianas, particularmente dedicadas à pastagem, à carne e ao leite, oferecem esta paisagem geométrica. Muros em pedra seca (sem argamassa) e parcelas de pastagem muito bem aproveitadas. A pedra é escura, entre o basalto e a pedra-pomes, de origem vulcânica. Sobre a origem dos muros e das divisões de prédios, há, como sempre e em qualquer sítio, várias teorias. Todas elas com alguma verdade. Em certos casos, constituem a marca da propriedade. Noutros, a divisão entre prédios para que o gado possa ir pastando com alguma ordem: assim a erva vai crescendo num, enquanto é comida noutro. Noutros ainda, um dispositivo bem simples para deixar o gado pastar sozinho, sem necessidade de manter um pastor todo o dia. Mas também há uma explicação bem prosaica: havia pedra a mais e, para poder cultivar, semear e trabalhar a terra, era necessário retirar a pedra: a melhor, mais barata e mais útil maneira de o fazer era justamente construir muros!

3 comentários:

paulo miranda disse...

parece-me que é o sentido de posse de cada propriétário ao longo dos tempos...

marenostrum disse...

Será mais a necessidade de abrigo para as culturas e arrumo das pedras.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Eu tenho um pequeno terreno próximo do Magoito, onde a cada cavadela surgem pedras.

A solução tem sido agrupá-las em pequenos montes (tanto quanto possível separadas por tamanhos e forma) e, sempre que há um pretexto para fazer um murete, ou um banco ou um caminho... lá vão elas.
Mesmo assim, são mais as que "nascem do chão" do que as que se "arrumam"...