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Em Bogotá, há dois museus especiais. O do Ouro e o da Esmeralda. O do Ouro tem sobretudo objectos históricos dos tempos dos vários Índios (especialmente os Muzos) que habitavam a região antes da chegada dos Espanhóis e das subsequentes mortandades, destruição e conquista. Muito ouro foi roubado, transaccionado, levado para Espanha, fundido ou guardado. Mesmo assim, sobraram milhares de peças formidáveis que integram hoje aquele museu. O da Esmeralda está evidentemente consagrado à pedra preciosa que, desde os séculos XVI e XVII, fez a fortuna de muitos colombianos, espanhóis e outros mineiros. Com a esmeralda se fizeram fortunas incalculáveis, pela esmeralda se matou, pela esmeralda se lutou. Os índios Muzos (que muito resistiram aos Espanhóis antes de por eles serem derrotados), em particular, dedicavam-se à exploração e ao trabalho da esmeralda, cujo valor aumentou brutalmente desde que os Espanhóis a trouxeram, às toneladas, para a Europa. A parte mais interessante deste museu consiste numa reconstituição pormenorizada de antigas minas, do modo como se encontravam as pedras, como se arrancavam e como se exploravam. À entrada do museu, este aviso, a fazer lembrar a chegada a umas cidades do Far West… Ou a recordar ao visitante que a Colômbia viveu, nas últimas décadas, dominada pela guerrilha e pela violência. (2003)
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